domingo, 18 de novembro de 2012

O Segredo

Chega uma hora que cansa.

Que tudo que almeja já não faz mais sentido e nem tem mais graça.

Quem já esteve lá, deve saber como é...

Os sonhos não são mais os mesmos e não proporcionam a mesma felicidade interior que vem daquela esperança de que um dia tudo pode se tornar realidade.

Sonhos desaparecem e você fica.

Mas é justamente quando você para para sonhar é que percebe o quão vazio era cada desejo. Cada sonho.
Nada preenche.

São apenas vontades. Vontades de ser alguma coisa; de ter algo; de possuir alguém ou algum objetivo.

São pedaços d'O Segredo' empilhados no fundo do subconsciente, esperando para serem libertados e colocados em prática.

É cansativo.
Acho que no final, tudo se resume a um grande e exaustivo exercício diário que nos deixa enfadados a cada noite mal dormida - o que ocorre com uma frequência enorme se suas expectativas são muitas.

Acordar e ir fazendo cada atividade rotineira na esperança de que elas valham alguma coisa no fim da estrada.
Fazer o que nem sempre dá vontade de fazer - e, às vezes, é a ojeriza de fazer -, simplesmente porque estatísticas provam que aquilo vai dar resultado.

E quando não dá?

E quando depois de tanto nadar, a terra firme não aparece e você fica boiando à deriva?

Já parou para pensar nisso?
Já parou para pensar que tanto esforço que você pode estar fazendo agora pode não dar em absolutamente nada?

Os vencedores talvez desconheçam essa indagação. Os humanos sabem bem do que estou falando.

Ou pior: e quando você consegue e, no fim, alcançado o objetivo, de repente aquilo não é mais o suficiente; ou percebe-se que era algo tão vazio que nem valia as horas de esforço e dedicação?

Eu tenho medo de tudo isso.
Não sei quem me pôs esse receio, nem muito menos quero saber.
Talvez tenha feito um favor para mim.

Minha vida é um amontoado de vontades pelas quais eu "luto" todo dia para que se realizem. Um punhado de objetivos que eu almejo e alimento sem saber exatamente se estou fazendo por onde. Acredito, no fim das contas, em sorte e em Deus, já que prefiro o invisível do que palpáveis números numa tabela.

Viver de esperanças cansa. Até quando eu vou aguentar?

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