domingo, 24 de junho de 2012

15 coisas irrelevantes

Eis que uma amiga me passa isso como uma espécie de corrente. De início, pensei que talvez não se encaixasse muito no perfil do blog. Mas, pensando melhor, já que uso esse blog como uma espécie de ambiente cibernético para soltar minhas baboseiras textuais frutos de desabafos não-concretizados, uma espécie de "lista" sobre mim mesma talvez ajude nas minhas pequeninas reflexões.

Ou não. Pode ser só minha vontade de me auto-afirmar, mas é isso...

15 coisas irrelevantes sobre mim mesma

1 - Eu tenho umbigo de japonês (não vou me aprofundar nisso);

2 - Eu não sei dar cambalhota;

3 - Eu nasci em Recife mas mal conheço a cidade;

4 - Eu gosto de responder questionários e listas (mais claro, impossível);

5 - Eu tenho pavor de me engasgar;

6 - Eu estou tendo uma séria dificuldade em responder este questionário devido ao fato de não conseguir extrair fatos irrelevantes sobre mim mesma. (Acho que pra mim, tudo é relevante, já que eu sou assim: previsível);

7 - Eu já usei aparelho dentário sem necessariamente precisar dele;

8 - Quero voltar a usar óculos sem necessariamente precisar deles;

9 - Eu já fui mais gorda e morro de pavor de voltar ao que era antes. O que é só uma questão de tempo... Gravidez 'tá aí pra isso;

10 - Eu penso em não ter filhos justamente por medo de engordar. É o quanto fútil e insegura eu posso ser;

11 - Eu sou uma rockeira de merda;

12 - Eu tenho alergia a bijouteria;

13 - Eu estou ouvindo Runaways no momento e estou achando uma banda com grande potencial a ser inserida no meu mp4;

14 - Eu amo meu mp4 mais que o meu celular;

15 - Eu não acredito que consegui chegar ao número 15 de coisas insignificantes sobre mim já que eu acho que tudo - inclusive os itens dessa lista - são relevantes para quem se interessa por mim.... o problema é quem.

(Créditos deste post a Ana Caroline)

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Feel the blues

A vida me ensina isso todo dia e eu, estudante relapsa, deixo de lado como quem não vai ser avaliada posteriormente. Ledo engano.

'Feel the blues' quase sempre traz um melhor senso de julgamento do que 'tropical heatwave' (apesar de se tratarem de dois ritmos admiráveis). 

Sentir-me insegura na medida certa - uma boa porcentagem - faz bem e me impede de fazer aquilo que, com certeza, vou me arrepender depois. 

Sentir-me triste na medida certa - uma porcentagem considerável - faz bem e me impede de distribuir graça a quem não merece e tampouco oferecer pérolas aos porcos. 

Sentir-me pensativa e quieta na medida certa - uma porcentagem digna - faz bem e me impede de falar pelos cotovelos e deixar que insetos saibam demais sobre minhas presas e minha vulnerabilidade. 

Ao invés disso, continuo agindo pateticamente, distribuindo sorrisos grátis e papo furado a quem eu já deveria ter voltado ao cumprimento gélido. 

0.0 para mim, novamente. 

sábado, 2 de junho de 2012

Último pedido

Eu queria ser livre.

Mas não consigo.

Lembro do tempo em que acordava pela manhã preocupada com o meu esforço físico de estar fazendo o quase-impossível: erguer-me ao nascer do sol.

Encontros, desencontros, sonhos, expectativas. Nada muito sério.

Hoje, sou prisioneira.

De mim mesma, é claro, mas, além disso, dos outros.

Sou escrava no dia-a-dia, em cada respiração e o pior: a cada batimento cardíaco.

Elas me sufocam, as emoções. Entalam-me a garganta e fazem marejar os meus olhos que já estão embaçados pela visão turva de sucessivos engasgos.

Eu estou sufocada.

Lembro-me de quando as manhãs eram um recomeço; as tardes uma calmaria; as noites uma aventura.

Tudo na sua proporção, tudo encaixado, tudo quase perfeito.

Hoje, cada sentimento é um pedaço grande demais para ser engolido e que força passagem pelo caminho para meu amadurecimento obrigatório.

Preciso ir embora... preciso ir embora.

Para qualquer lugar em que não se veja os mesmos rostos. O auge: para algum lugar em que provar-me não é necessário; sobreviver é o desafio.

Quero estar tão ocupada, mente e corpo, que o cansaço me vença ao fim da noite e eu não precise destilar os acontecimentos do dia com seu-ninguém, nem muito menos saber do que os outros estão fazendo.

Quero me bastar. Quero ser o suficiente para preencher meu próprio copo, quero ser a tampa do meu próprio recipiente.

Não consigo... não consigo.

Fui criada para amar os outros, respeitar os outros, contar com os outros e oferecer tudo em retorno.

Não aguento mais.

Quero ser sozinha; e feliz.

Este é o meu último pedido.