sábado, 29 de setembro de 2012

Mais um daqueles

Este é mais um daqueles.

Mais um daqueles textos em que eu não tenho nada pra escrever ao mesmo tempo que várias coisas me congestionam a cabeça, me deixando zonza e sem noção por onde ir, por onde começar.

Eu gosto de dar pontos.

Eu gosto de pontuar meus textos. Eu acho que um bom ponto final, especialmente o ponto final, é a 'cereja do bolo'. Dá fim a uma ideia. Encerra um pensamento. Vai, pensa. E agora, que acabou a oração, o que você acha?

Eu fiz algum efeito com ela ou ela apenas soou vazia e sem significado nenhum pra você?

Geralmente, é o que quero que sintam quando lêem minhas frases curtas, enxutas - tá, algumas vezes prolixas, mas que, de uma hora para a outra, lá vem e ponto. Acabou-se. O que achou?

Quis citar o ponto porque há algum tempo esta é uma questão que eu observo em meus monólogos no 'eunãoseifazercrônica' e, também, nos monólogos dos blogs e textos alheios.

Um texto com muitos pontos finais - na medida certa - esculacha qualquer textinho ou textão cheio de vírgulas, ponto e vírgulas, traços e travessões.

O ponto começa. O ponto termina. Ele é o cara.

Mas enfim, mais uma vez não é exatamente sobre isso que eu queria falar.

A segunda parte do texto - cheio de pontos - é aquela em que devaneio sobre meu cotidiano.

Eis que, no meu humor que me é muito comum (sentindo-me estranha, confusa, esteticamente um bagaço, sozinha e blá-clichê-blá), me vi mais uma vez impulsionada a escrever para tentar sair dessas milhões de voltas que insistem em me deixar no mesmo lugar sempre.

Eu estou mais ou menos, depois bem, depois mal, depois mais ou menos...

Cada vez mais chego a conclusão de que a existência humana é só uma variação pequena de sentimentos e sensações que, com o passar do tempo, deixam de ser novidade.




Eu acabei de deletar um ou dois parágrafos que escrevi.
É este o meu sábado.

E agora, mais do que nunca, não estou disposta a escrever qualquer coisa na qual alguém vá se identificar; vá elogiar; vá comentar, nem muito menos divulgar. Até porque se eu ficasse feliz só porque divulgam este blog, eu já estaria muito triste (se é que isso faz sentido pra quem lê).

Eu só queria, nesta noite chuvosa de sábado, onde alguns se divertem e outros estão deitados, debaixo de um edredom roxo e com o gato no colo, sentir que eu não estou só. Sentir que eu posso escrever sobre qualquer coisa, porque essa liberdade me foi dada.

Eu posso e vou continuar escrevendo neste blog sobre o que me der na telha e eu quero e vou escrever sempre que me der vontade sobre o assunto que quiser.

Más intepretações e deboche sempre vão existir. E, não, eu não gosto deles. Mas, fazer o quê? É o pequeno preço que pago por desabafar com ninguém para quem quiser ler.

E eu tenho meu gato como testemunha de que estou bem confortável onde estou agora.

Ai, como é bom ficar sozinha.

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