Sentada, os olhos ardem.
O gosto de chá ainda amarga um pouco a boca.
Aquelas palavras que atravessam espaço-tempo e se propagam dentro do canal auditivo, reproduzem-se na pracinha do subconsciente através do megafone, chamando a atenção de pessoas e animais que lá estão, causam nostalgia nos personagens que passeiam, despretensiosos, em frente à igrejinha.
Palavras cantadas que movem de verdade. Transportam. Carregam-me em braços recobertos de seda, enquanto exalo o agradável odor de campo na curva do pescoço da melodia.
Embalam-me. Confortam-me. Alisam de leve os meus cabelos e sopram, gentilmente, no meu rosto.
O coração dispara com tanta sutileza. O carinho mais afável vem daquilo que não tem forma e apenas som. Ondas equalizadas que quebram aos ouvidos e penetram na alma.
Frases como força. Força de sentimentos humanos. Fraca, deixo-me levar.
Let it be.
Let it be, Babycakes... Let it be.
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